segunda-feira, agosto 24, 2009

Híbrida

[...] Poderia ter sido qualquer, mas foi único

Soube de pronto que era pra sempre [...]

Antes mesmo de partir, a ausência decididamente chegou [...]

Tivemos medo e pressa pra matar a saudade futura

Vivemos tudo e tanto, amamos os instantes todos [...]

Mas a vida é encontro, e você de volta foi simples [...]

E você me sorriu... e era natural... e era você! [...]

Já me adaptei e estar longe, mas não a estar nunca [...]

Já me adaptei mesmo a sofrer por amor, mas não a desistir

Eu sou amor, e quero ser sempre, pois só se ama pra sempre.


Retirado do poema "Híbrida" de Junior Vieira

domingo, agosto 23, 2009

Saudade.

Ai, ai
Vai ver...
É só você
Ai, ai
Vai ver...
É só você querer
Distante, imaginar
Caberia a quem dizer:
"Amor, eu vivo tão sozinho de saudade"

Marcelo Camelo.

É o tipo de história que eu contarei para os meus netos.

"Viver é extremamente tolerável. Viver ocupa e distrai. Viver faz rir "

- Clarice Lispector -


quarta-feira, agosto 19, 2009

E no meio de tanta gente, eu encontrei vocês!
Entre tanta gente chata sem nenhuma graçaaa...
Vocês vieram!!!

AMO AMO AMO

quinta-feira, agosto 13, 2009

Merda.

Que merda! Merda, merda, merda!
Solteira, 29 anos e nenhum emprego. Talvez essa fosse mesmo a melhor coisa que ela poderia falar naquele momento.
Havia muito que ela não saia com os amigos, se é que ela ainda tinha algum, deixara de pintar as unhas e comprar sapatos novos.
Todas as noites ela assistia ao seu programa favorito de auto-ajuda segurando o pequeno aquário de vidro. Nele morava Alfredo, seu peixinho verde. Ele já havia se acostumado com o calor do colo de sua dona, até porque, ele nunca teve muita oportunidade de reclamar.
Afinal, era um peixe. Verde.
Todos os dias Alfredo ouvia sua dona repetir essas mesma palavras, Merda, Merda, Merda. Ela as dizia na hora em que acordava, quando estava tomando banho, na hora de preparar alguma refeição, e até antes de dormir, segundos antes de pegar no sono e segundos depois de rezar pedindo que o dia seguinte fosse melhor.
Alfredo queria mais do que tudo poder ajudar sua dona, poder dizer a ela que dizer Merda não melhoraria nada, queria poder dizer que a água do seu aquário esquentava quando ela o punha em seu colo, e isso incomodava, e muito.
Sua dona reclamava da vida o dia inteiro, mas no final, o único ser consciente de sua própria existência era o incapacitado de escolher, viver, ser.

Ele vivia num aquário quente, e por isso sem dúvida, era ele quem deveria falar "Merda" o dia inteiro.

domingo, agosto 09, 2009