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Mostrando postagens de outubro, 2009

Nostalgia

A gente às vezes - ou em muitas delas, pelo menos - sofre por nada. Passamos horas pensando, supondo diversos momentos que poderiam tornar o nosso dia melhor, por assim dizer. Um sorriso, um abraço, uma piada à toa, qualquer coisa que substitua a sensação de vazio que a necessidade deixa. A gente se apoia na suposição, no bom senso do outro. Achamos injusta essa coisa de não poder estar onde quem a gente sente falta está, e vice-versa. E mesmo quando somos agraciados com a sorte de ver todos os dias quem a gente mais quer bem, tem algo que soa estranho, como se não fosse e nem pudesse ser forte o bastante.

Sexta.

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo. Clarice Lispector Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida. Clarice Lispector Sinto a falta dele como se me faltasse um dente na frente: excrucitante Clarice Lispector É curioso como não sei dizer quem sou. Quer di...

Sempre.

Já que sou, o jeito é ser. Clarice Lispector
Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. (Aprendendo a viver) Clarice Lispector

Fato.

E quando acaricio a cabeça do meu cão, sei que ele não exige que eu faça sentido ou me explique. Clarice Lispector

Cativa-me

Ás vezes, as melhores ideias vêm de onde a gente menos espera. Ou não. Talvez tenha sido sorte mesmo... "- Por favor... cativa-me! disse ela. - Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer. - A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me! [...] - Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos. - O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar. - Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante. - Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar. - Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te t...

Três elementos.

Os dias passavam e cada vez mais a ansiedade aumentava. E quando viu, lá se foram três ou quatro xícaras do cappuccino caseiro de leite ninho e café em pó. Ela só queria que o dia terminasse, que ela pudesse trancar a sala empoeirada de trabalho, entrar no seu carrinho vermelho e voltar tranquila para casa. Mas choveu. Choveu como há muito tempo não chovia e por alguns instantes, ela pensou em sentar num café qualquer para esperar a chuva passar. Mas não dava. Havia literalmente um lago entre ela e seu carro estacionado, e a água ia até o tornozelo. Conclusão: Ela pelo jeito, ficaria ali um bom tempo. Vasculhou dentro da sua bolsa a procura do celular e de um livro velho, meio amarelado. Lia as páginas gastas enquanto digitava sem esperança uma mensagem cansada no celular. Ela então lembrou, ali, em meio a todo aquele tumulto que havia esquecido milhares de coisas durante aquele meio tempo. E quando viu, o livro estava fechado e o celular de volta na bolsa. Ela só conseguia pensar que ...

Não.

Se não foi, não era para ser. Eu queria tanto que hoje pudesse ser um dos melhores dias do ano... A vontade de chorar anda inevitável desde o momento em que fui obrigada a engolir a palavra "não". Mas dane-se se não foi não era para ser. E aqui vai o meu juramento: Não haverá uma única festa que me escape a partir do momento em que eu puser os pés naquela faculdade.
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Palavra.

Não sei quais palavras usar. É uma necessidade de tirar um sentimento bom do peito, dividir as melhores lembranças aqui, agora. Mas algo me bloqueia, faz vir lágrimas como quem não quer nada, sabe, só para variar. E o engraçado é que mesmo seguindo o meu discurso à risca, vontade de contraria-lo não me falta. Eu quero chorar, mas chorar muito, e de verdade. Quero aprender a dividir os meus problemas, confiar. Quero dizer, eu confio, e muito. Mas sinto como se os meus problemas não fossem dos outros; como se as pessoas não fossem obrigadas a desgastar-se comigo. Pode soar infantil, talvez até inseguro, sei lá. Mas pelo jeito é assim que eu sou. Queria poder mudar de rumo, sair caminhando por ai errantemente até sentir um lapso de saudade e refazer todo o caminho de volta só para te abraçar. Às vezes me sinto meio só, não solitária como aquelas pessoas que isolam-se de tudo e todos, não. É um tipo de vazio que faz com que eu me pergunte o que exatamente eu estou fazendo aqui, nesta vida....
Hoje eu não estou afim de falar sobre saudade ou amizade. Mas que eu te amo muito, isso, não dá pra deixar de citar. S2
Não ver você, não tem explicação é caminhar pela escuridão ficar a fim e não poder falar querer o sim e não se acostumar com a solidão, o medo de amar estranho vazio no seu olhar eu tento achar em algum lugar o amor que você deixou pra trás vem pra cá -papas da língua

Onde eu moro?

Pra chegar, "perguntam se eu tenho q seguir uma lhama azul pelo caminho mágico antes d me equilibrar por cipós e andar d barquinho pra chegar em casa". vi essa descrição no orkut e achei foda. eh bem isso oq eu vivo. auhsua
Você é meu raio de sol, meu único raio de sol, que me faz feliiiz , quando o céu está ruim. :D (You are my sunshine - Jimmy Cliff)
Tem sempre um determinado momento da vida em que a gente se cansa de tudo. Seja no final do ano, no meio, ou no começo, a gente sempre tem um motivo. Tem gente que até reclama de sair muito, ter compromisso demais... quisera eu poder me dar ao luxo de ir aonde bem entender. O que eu quero dizer, depois de ficar enrolando durante um parágrafo inteiro é: Existe uma coisa chamada urgência, e ela ultimamente tem servido como sinônimo para o seu nome.

O outro lado.

Ele era moço, forte e trabalhador. E como se não bastasse, estudava em uma boa faculdade pública e até possuía o próprio carro. Para um estudante de Direito, a vida andava tranquila e quase toda noite tinha alguma festa para ir. Nem sempre elas eram boas, ou valiam o preço da entrada, mas digamos que elas davam para o gasto. Pedro não era de todo bonito, mas tinha um charme irresistível de menino certinho que sempre o salvara de qualquer furada. Certa noite, em uma festa qualquer, conheceu Clara. Ela até que era bonita se levarmos em conta o estado etílico em que ambos se encontravam naquela noite. O tempo passou e quando viram no relógio já era quase 3 da madrugada. Eles haviam se divertido bastante e sem dúvida, ela não iria esquece-lo. Seus olhos eram intrigantes, assim como o seu jeito de falar. Prometeram manter contato e quem sabe até se encontrar na próxima festa ou em um bar qualquer, quem sabe. Saíram da balada e entraram num carro amassado, que não era o seu. Mas no embalo da...

Agenda

Ela esta sozinha, cansada, e sem ao menos uma lata de cerveja em casa. Passava noites de sexta-feira perambulando pelo corredor de quarto em quarto, de canal em canal, mas nada sossegava a sua alma. Abriu duas ou três vezes a porta da geladeira sempre com a esperança de encontrar alguma amiga perdida lá dentro, mas nada. Esquecera de fazer compras nesse mês. Como poderia ter esquecido da sua comida? Da sua bebida?! Ajeitou as meias para calçar os chinelos entre os dedos de pano e saiu para buscar sua agenda em seu carro amassado. Destrancou o alarme, abriu a porta e lembrou da noite anterior. O banco ainda estava reclinado e de repente, ela esqueceu o que tinha ido procurar lá. Entrou no carro, fechou a porta e ligou o rádio. Por sorte, ou ironia do destino, a estação não fora alterada, mas a sua música já estava pela metade. Sentou-se de perna de índio no banco do passageiro e ao avistar a agenda de couro em cima do volante, lembrou-se do que pretendia fazer ainda naquela noite. Abriu...
NADA DO QUE POSSA ACONTECER VAI TIRAR ESSE SORRISO DO MEU ROSTO! NADA MESMO.

Questões idiotas.

Talvez seja perda de tempo parar para refletir sobre algo que anda tão bem, ou não. Mas a questão, é que estou com várias questões pendentes e muitas delas sequer sei como interpretar. 1- Estou morrendo de vontade de comer um bolo de chocolate que tem aqui em casa, que por sinal nem é tão gostoso, mas mesmo assim, a vontade é quase insuportável. 2- Acho que magoei alguém. Alguém muito especial. E por mais que tudo indique que tudo está bem, sinto que falta algo para ser resolvido. Só espero que mais uma vez eu esteja encucada. 3- Por outro lado, ando feliz porque encontrei um pessoal legal com o qual me divirto e sinto que agora, a cada dia, a diversão e amizade apenas tendem a aumentar. 4- Reencontrei alguém essencial na minha vida. E sei, que agora que as coisas estão mais calmas, muita coisa em relação ao nosso convívio e amizade podem emplacar. Quem estiver disposto a me ajudar a solucionar/ entender essas questões, por favor me avise. hahahah

Ai

Deu meu coração de ficar dolorido Arrasado num profundo pranto Deu meu coração de falar esperanto Na esperança de se compreendido Deu meu coração equivocado Deu de desbotar o colorido Deu de sentir-se apagado Desiluminado Desacontecido Deu meu coração de ficar abatido De bater sem sentido Meu coração surrado Deu de arrancar o curativo Deu de cutucar o machucado Deu de inventar palavra Pra curar de significado O escuro aço denso do silêncio De um coração trespassado Rubi