Palavra.
Não sei quais palavras usar. É uma necessidade de tirar um sentimento bom do peito, dividir as melhores lembranças aqui, agora.
Mas algo me bloqueia, faz vir lágrimas como quem não quer nada, sabe, só para variar.
E o engraçado é que mesmo seguindo o meu discurso à risca, vontade de contraria-lo não me falta.
Eu quero chorar, mas chorar muito, e de verdade.
Quero aprender a dividir os meus problemas, confiar.
Quero dizer, eu confio, e muito. Mas sinto como se os meus problemas não fossem dos outros; como se as pessoas não fossem obrigadas a desgastar-se comigo.
Pode soar infantil, talvez até inseguro, sei lá. Mas pelo jeito é assim que eu sou.
Queria poder mudar de rumo, sair caminhando por ai errantemente até sentir um lapso de saudade e refazer todo o caminho de volta só para te abraçar.
Às vezes me sinto meio só, não solitária como aquelas pessoas que isolam-se de tudo e todos, não. É um tipo de vazio que faz com que eu me pergunte o que exatamente eu estou fazendo aqui, nesta vida.
Provavelmente muitos achariam que eu estou bêbada ou que eu fumei algo, mas por incrível que pareça, eu não o fiz. Eu apenas estou aqui, sentindo uma vontade estranha e repentina de, quem sabe, conseguir descrever o que se passa dentro de mim.
Eu gosto taanto de te abraçar, dizer tchau. Gosto mesmo porque sinto como se o dia terminasse melhor, mais completo, sei lá.
Eu só gosto.
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