Pra chegar, "perguntam se eu tenho q seguir uma lhama azul pelo caminho mágico antes d me equilibrar por cipós e andar d barquinho pra chegar em casa".
É possível escrever Para curar Passar a dor Transferir o que pesa Como mágica Sarar Pensar Sem deixar Só brotar O que sempre Calou Na folha, na face, a dor Aos poucos Se transforma em amor E cai
Theo sambava enquanto segurava a cintura de cada moça com segurança e sensualidade, como se a dança fosse uma válvula de escape para tudo o que estava guardando dentro de si. Girava de um lado para o outro, conduzia cada companheira com agilidade, a mesma que o fizera conquistar Ana quando se conheceram. Seu olhar permanecia fixo em algum ponto perdido em meio à multidão que os cercava, enquanto sua cintura eseus pés seguiam o ritmo da música. Eles tinham o incrível poder de fazer qualquer mulher dançar, da mais inexperiente até a mais ousada. Ana era ousada. Na primeira vez em que a viu, estava um pouco bêbado, muito feliz por ter sido aprovado no vestibular de arquitetura na Universidade de São Paulo. Ela estava perto do bar, acompanhada por uma ou duas amigas também muito bonitas, mas que jamais teriam a capacidade de cativá-lo do jeito que ela fez. Olhou para ele, tomou um gole da cerveja gelada e sorriu. Seus olhos verdes sugeriam um toque travesso, como se...
Os dias passavam devagar. Manu batia as unhas compridas em sequência em cima da mesa do bar. Enquanto o relógio velho de parede insistia em levar seu tempo exatamente como uma lesma leva a vida, os olhos de manu continuavam longe, perdidos naquele horizonte que não havia... Horizonte triste, mistura pura de tijolo e saudade. Ela pensava, sorria, queria com todas as suas forças poder voltar para aquele dia de final de ano... queria poder aguçar os sentidos e ouvir somente a música que ela ouvira naquela noite chuvosa de reveillón. Sim, chovia... Mas os fogos não deixaram o destino de Manu na mão. Não daquela vez. Ela não tinha o costume de frequentar aquele bar... Normalmente ela ia em casas de samba e de preferência, sempre acompanhada pelas amigas. Mas dessa vez ela estava só, num bar qualquer, ouvindo uma playlist estranha que misturava desde Chico Buarque até Natiruts. Mas a pesar de tudo, ela estava certa de que tudo ali estava a seu favor. Respirou f...
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