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E foi assim que aconteceu.
O presente perfeito para aquele que tanto sonha, para o esperançoso que por tanto tempo acreditou que cedo ou tarde tudo iria se ajeitar.
Porque eu te encontrei depois de tanto tempo e fui tão feliz.
E mesmo assim, parece que quatro abraços seguidos não foram o suficiente. As piadas, risadas bobas de como quem não quer nada da vida. Nós só queríamos ser, crescer... ouvir o nosso reggae e matar de algum jeito eficiente aquela saudade insuportável que se instalara dentro de nós ao longo do tempo.

E que tempo. Tempo o suficiente para uma mãe ter três ou quatro filhos. Tempo para encontrar um grande amor, para terminar o colegial, fazer novos amigos, viajar o mundo.
Todo esse tempo distante serviu para que a gente percebesse o quão valiosa é a nossa amizade e o quão bom é o contato físico depois de meras palavras embaralhadas pelo acaso ao longo de todos esses anos que nós passamos distantes.

Estávamos felizes, brincando, rezando para que a chuva parasse.
E deu certo.
A nossa reza "braba" não só funcionou como manteve acesa cada tocha durante a madrugada inteira.

Ah, quisera eu ter podido ficar até o fim.
Mas mesmo assim, foi perfeito.
Desde os sandubas de cereja e ricota até a cerveja de garrafa. Da música eclética até o seu copo que pisca. Estava tudo na maior vibe, como diria você.

Valeu cada km rodado, cada gota de chuva no cabelo escovado, cada centavo do pedágio.

Eu amei. Simplesmente amei.

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