Escrever
Fazia tempo que Manu não parava para escrever. Por um segundo, ao ler alguns dos seus textos antigos, sentiu uma nostalgia estranha, como se escrever pudesse voltar a fazer algum sentido, como se a própria criatividade fosse capaz de mostrar-lhe lados que antes não via, reflexões distantes que durante o dia-a-dia corrido não aparecem assim tão simplesmente. Escrever fazia bem, mostrava a verdade e ao mesmo tempo tinha o dom de fazer esquecer ou enfeitar algo que poderia ter sido tão bom quanto realmente foi. Escrever era quase que uma terapia, por assim dizer.